No dia 04 de setembro de 2024, durante a 105ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, foi aprovada, por unanimidade, a inscrição das tradicionais Marujadas de São Benedito no Livro de Registro de Celebrações, tornando a manifestação Patrimônio Cultural do Brasil.
O pedido de registro foi apresentado em 2011 pela Irmandade da Marujada de São Benedito de Bragança, organização de caráter educativo e cultural, fundada em 1798 por iniciativa de negros escravizados e libertos na então Vila de Bragança. Mas os estudos estavam parados por falta de verbas, tomando conhecimento do assunto, o senador Jader Barbalho (MDB-PA), empenhou emenda parlamentar, recursos na quantia de R$200 mil, para que a Universidade Federal do Pará (UFPA) inicia-se o inventario para as Marujadas de São Benedito pudessem se tornar Patrimônio do Brasil. Para o senador Jader este processo de tombamento era essencial para assegurar a preservação de bens móveis e imóveis de valor histórico, cultural, arquitetônico e ambiental contra intervenções e modificações.
A marujada é tanto o corpo de associados (irmandade, associação ou grupo cultural) e o conjunto das pessoas que participam, devidamente caracterizadas, dos eventos religiosos e não-religiosos das festividades (chamados de marujos e marujas), quanto o nome usado para se referir à prática cultural formada por eventos religiosos, folguedos, comensalidades, vestimentas e danças típicas.
A origem da marujada é do final do século XVIII e início do XIX, associada à criação da Irmandade do Glorioso São Benedito de Bragança em 1798, por iniciativa de povos negros escravizados naquela localidade. Para celebrar São Benedito, eram realizadas rezas, tambores, danças, missas, ladainhas e folias que vieram a se caracterizar com o que se entende hoje por Marujada do Pará.
FONTE: FOLHA DE BRAGANÇA
IMAGEM: IRMANDADE DA MARUJADA DE SÃO BENEDITO BRAGANÇA
